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Bacharel em Ciências Contábeis, Professor, Pós Graduado em Contabilidade Auditoria e Pericia, Especialista em Contabilidade Digital e Novas Normas Brasileiras de Contabilidade - IFRS, Analista de TI, Administrador de Empresas e Perito Judicial

sábado, 10 de setembro de 2011

Empresas de Serviços Contábeis, Um Modelo de Negócio em Cheque!!!

Com a implantação do SPED – SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL, o modelo atual de negócio e prestação de serviços praticados pelas Empresas de Serviços Contábeis o que chamamos de Escritórios de Contabilidade ou ainda Contabilidade Terceirizada, como quiserem, estão em cheque.

A engenharia de sistemas desenvolvida pelo Fisco para o SPED, pressupõe geração e gestão de informações contábeis, fiscias e financeiras a partir de um banco de dados único, o que dificulta ou torna praticamente impossível os modelo atual dessas empresas atenderem as exigências a serem cumpridas num futuro que já está presente.

Em nossas andanças pelo país ministrando cursos e treinamentos, demonstramos em nossa tese exatamente esse enfrentamento entre os Escritórios de Contabilidade e Seus clientes, apontando para a necessidade urgente de rever seu modelo de negócio.

Para atender o cenário atual a Contabilidade necessita trabalhar sob a ótica da gestão empresarial e não simplesmente na apuração e geração de impostos a pagar, faz-se necessário revisão e interferência nos processos internos das empresas, parametrizando os sistemas para que no final do processo a informação no Padrão Digital possa ser gerada com confiabilidade, sem a exposição do contribuinte, cliente do Escritório.

Para isso é necessário também rever os Sotwares utilizados, esses sistemas no modelo antigo estão com os dias contados, novas tecnologias surgem para atender essa demanda, os ERP”s que atuam a partir de “DATAS CENTER”s” são os mais adequados nesse cenário atual, permitindo num único banco de dados informatizar tanto as operações do Escritório quanto dos seus clientes a partir de Parâmetros criados tanto para atender as necessidades da empresa quanto do escritório visando atender a Contabilidade Digital em todos os seu módulos.

Fica aqui nosso alerta e nossa contribuição aos nossos colegas e Empresários da Contabilidade, um futuro de excelência e muito promisso nos espera, e será um mercado para poucos, àqueles que estiverem preparados e antenados em tudo que está ocorrento no cenário brasileiro.

Escritório de Contabilidade ou Empresas de Serviços Contábeis, Há Diferença?

Por Ismael Sanches Pedro*


Em minhas andanças pelo país, ministrando cursos e palestras, nas áreas do SPED e IFRS e observando o comportamento do nosso mercado de trabalho, a contabilidade, nos deparamos com uma situação muito preocupante em relação a um futuro próximo.
Recentemente, participando de um curso confidenciou-me uma pessoa sobre o que ouvira numa reunião de contadores e a colocação foi a seguinte: como posso ausentar-me três ou quatro dias do escritório para ir a um congresso de contabilidade? Quem fará o serviço, a rotina diária do escritório? Quem atenderá os clientes que ligarem?
Oras, colocações como essas nos levam a reflexões sobre o tema proposto acima: somos um escritório de contabilidade ou somos uma empresa de serviços contábeis?
Parece haver uma substancial diferença entre essas duas figuras: quando ministro os cursos e palestras percebe-se nitidamente que os escritórios de contabilidade estão centralizados apenas em uma pessoa, ou seja, a figura do seu proprietário, o contador titular, ainda no modelo antigo de “GUARDA LIVROS”.
Sem ele nada funciona, ele é o cérebro do escritório, tudo gira em torno dele, então o escritório é praticamente uma pessoa física responsável por todo o processo de prestação de serviços contábeis.
Já a Empresa de Serviços Contábeis tem outra configuração, ela tem uma atuação diferenciada, compartilhada, departamentalizada, profissionalizada, onde os setores são responsáveis pela execução, informação, gerenciamento, transmissão das informações e dados, com uma outra configuração e atuação. É um tipo de empreendimento que atua como uma empresa qualquer, de comércio e prestação de serviços, ela não depende única e exclusivamente do seu titular, ele apenas atua como “CEO”, comandando as ações macros e atendendo onde um outro subordinado não satisfaz a necessidade ou o desejo do cliente ou até mesmo da própria organização.
No cenário atual da contabilidade brasileira precisamos acordar para essa nova realidade, observo que os escritórios contábeis têm mais resistência em quebrar seus paradigmas para incorporar esse novo cenário trazido pelo SPED e o IFRS, no entanto, aqueles escritórios que já atuam no modelo de Empresa de Serviços Contábeis a resistência é menor.
Esse novo quadro que aparece na nossa trajetória tem os seus maiores impactos na gestão do negócio, na gestão empresarial, atingindo o escritório de contabilidade amplamente, porque, não trabalhando na atual ótica de gestão, limita-se a atuar em cima das informações e documentos que lhe chegam enviadas pelos seus clientes, e quase sempre são informações inconsistentes, falhas, e faltando dados importante, focando apenas o FISCAL E TRIBUÁRIO, não preocupando-se em assistir a empresa cliente nas necessidade de mudar e se adequar ao novo momento e as exigências atuais, onde o profissional de contabilidade ou a empresa de serviços contábeis necessitam interferir no seu cliente para adequá-lo para a geração correta das informações tributárias, também assessorá-lo na implantação e parametrização de novas tecnologias necessárias para adequar processos internos e atender as exigências da contabilidade atual.
Já a empresa de serviços contábeis tem uma resistência em menor escala porque já atua num modelo empresarial, com regras de gestão mais atuante na vida do seu cliente, mais afinada com processos internos e com maior força para trabalhar seu cliente nas mudanças exigidas.
A grande maioria da contabilidade brasileira é representada por escritórios de contabilidade e não por Empresas de Serviços Contábeis. Esse paradigma precisa ser quebrado e vencido imediatamente, pois, conheço vários colegas que estão fechando seus escritórios e partindo para outras atividades profissionais justamente em um momento de ouro e de grandes oportunidades da contabilidade brasileira.
Em contrapartida com os escritórios mais antigos e resistentes, observamos o que chamamos de geração “Y”, que chega para ocupar esse espaço onde a tecnologia está a frente dos negócios sendo responsável pelo gerenciamento das organizações, bem como o da gestão tributária do governo.
Diante desse quadro fica a seguinte indagação: como você está atuando? COMO UM ESCRITÓRIO CONTÁBIL OU COMO UMA EMPRESA DE SERVIÇOS CONTÁBEIS?
*Ismael Sanches Pedro é Bacharel em Ciências Contábeis, Administrador de Empresas, Analista de TI, Professor de Contabilidade Tributária na Escola Trevisan de Negócios, Palestrante, Especialista em SPED e IFRS.