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Bacharel em Ciências Contábeis, Professor, Pós Graduado em Contabilidade Auditoria e Pericia, Especialista em Contabilidade Digital e Novas Normas Brasileiras de Contabilidade - IFRS, Analista de TI, Administrador de Empresas e Perito Judicial

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Artigo: O Profissional Contábil que o Mercado Exige

O artigo analisa o perfil que o mundo corporativo está exigindo dos profissionais que desempenham sua atuação na área contábil.

Por Valeska Schwanke Fontana em 25/01/2012


Quantas vezes você já não ouviu as seguintes afirmações em nosso meio empresarial atualmente?

“Estamos no momento do pleno emprego.”

“Não existe mais fidelidade nas relações de trabalho”.

“Não haverá mais espaço para profissionais sem qualificação”. 

“A ‘era do conhecimento’ é a que controla as relações de mercado!”

As frases acima são apenas quatro exemplos das informações que recebemos diariamente e que interferem diretamente em nossa vida profissional e pessoal. Entretanto, “tais verdades” devem ser vistas de vários ângulos e questionadas em nosso íntimo.
Fato comprovado por vários especialistas é que o Brasil está num ótimo momento. Pesquisas apontam que o Brasil está entre os três países com melhores destinos para se investir .  Destes, 46% (quarenta e seis por cento) vêem o Brasil com otimismo. Neste contexto, nosso país está sendo chamado de “imã de oportunidades”. Quem imaginaria que serviríamos como exemplo citado por um presidente dos Estados Unidos da América , ou até que um presidente brasileiro abriria uma assembléia da ONU (Organizações das Nações Unidas) . Ainda, a Ernst & Young aponta que o Brasil está entre os dez países mais atrativos para se investir em renováveis  e o OECD aponta que o Brasil está entre os países que mais investiram em educação .
Não sejamos ingênuos em pensar que estas afirmações são uma cortina para esconder os problemas que possuímos aqui. Entretanto temos que cuidar muito para separar de nossa crítica o que é verdade e o que é senso comum .
Em contraponto com as boas notícias apresentadas acima, temos que nos envergonhar quando lemos ou ouvimos informações como: Brasil é segundo país mais desigual do G20, aponta estudo , ou ainda sobre a corrupção descarada que existe em nosso governo, que neste caso penso ser dispensável citar fontes, sem falar da carga tributária elevada que pagamos .
Notícias boas ou más, é necessário que em meio a tudo não nos contaminemos e, como diz o cantor e compositor Almir Sater, é preciso compreender a marcha da vida e ir tocando em frente .
Questiono-me então sobre as citações expressas no caput deste artigo, ouso analisá-las, única e exclusivamente com base no meu conhecimento e nas minhas relações com o mercado.

1.1“ESTAMOS NO MOMENTO DO PLENO EMPREGO.”

Em qual setor da economia? Sabemos que no chão de fábrica, ou seja, a base do setor produtivo tem-se dificuldades de reter colaboradores, porque os mesmos fazem “leilões de vagas”  . Também, conversando com empresas de recrutamento e seleção, as mesmas dizem que vagas para profissionais qualificados não são preenchidas, pois não há currículos com capacitação suficientes. Inclusive, em determinadas empresas há vagas em aberto por meses sem que se encontre um profissional apto para a mesma.

1.2    “NÃO EXISTE MAIS FIDELIDADE NAS RELAÇÕES DE TRABALHO”.

Tenho visto cada situação no mercado que envolve hierarquia de colaboradores e empresários que não é de se admirar essa expressão. Para um melhor entendimento, vou exemplificar.
No início deste ano, estive de férias no litoral norte gaúcho. Precisei adquirir um insumo de artesanato e por isso fui até um armarinho . Era nítido que a atendente estava em experiência, pois pouco conhecia da loja e do que a mesma tinha a oferecer. Ao passar no caixa para pagamento, a proprietária da loja foi extremamente grosseira e ofensiva com a funcionária, pois a mesma não havia feito a comanda  correta. Eu, assim como minha família, ficamos constrangidos pela mesma.
Em outro exemplo, meu sócio e eu fomos em uma reunião de trabalho e na recepção havia uma senhora de idade avançada aguardando atendimento. Eis que chega uma funcionária e a cumprimenta pedindo o que ela precisava. A senhora solicitou que conversassem em particular e a mesma disse, “não tenho tempo, o que tu precisa?”. Então a mesma, muito timidamente, mostrou os papéis da perícia do INSS.
Esses são dois exemplos simplórios de como está sendo o tratamento de muitas empresas com suas as pessoas. Então, como exigir fidelidade se não há respeito com o ser humano?

1.3     “NÃO HAVERÁ MAIS ESPAÇO PARA PROFISSIONAIS SEM QUALIFICAÇÃO”. 

Trabalhamos com desenvolvimento corporativo e um dos pilares que temos é a educação corporativa. Essa frase para nós é muito gratificante, mas temos ciência que para ser verdade ainda há muita cultura a ser mudada no mundo corporativo. Sou contadora de formação e penso que a área contábil é um desafio constante. Quem discorda basta acessar qualquer informação sobre tributos, governos, incentivos, enfim, sobre tudo aquilo que circula sobre o meio corporativo.
 Uma lei muito benéfica, apesar de suas limitações, é sem dúvida a lei das Micro e Pequenas Empresas, mais conhecida como Lei das MEs e EPPs (lei 123/2006). Nesta lei, existe uma possibilidade de benefício maior para algumas atividades empresárias que se enquadrem no chamado SIMPLES NACIONAL – Sistema Simplificado de Arrecadação. No último dia de agosto de 2011, a Câmara dos Deputados aprovou um aumento no que se refere à receita bruta tributada pelo SIMPLES. Foi uma vitória para muitas entidades de classe, principalmente a contábil e empresária, que sobrevivem à competição do mercado, através destes benefícios.
Todavia, neste mês de janeiro, ao sair de um compromisso pessoal, uma empresária de um supermercado perguntou-me se era verdade que as faixas do SIMPLES haviam aumentado. Eu disse sim, desde setembro/11, mas só vai ter abrangência agora em janeiro/12, já que a opção é anual. E ela me disse: “tu acredita que meu contador não sabia? Eu que vi nos jornais e falei para ele!”. Após esse fato, conversei com meu sócio Jocelito André Salvador e fiquei triste. Afinal, não é por falta de informação e investimento por parte do Conselho Regional e Federal de Contabilidade na atualização dos contadores , mas mesmo assim, como podem colegas desconhecerem um assunto que está tão presente na mídia? Então, concluímos que este contador é ainda um da geração de guarda-livros  e que não quer se atualizar.
Por que ele não se atualiza? Porque muitas vezes a carteira de clientes que ele possui não aceitar remunerá-lo pelo conhecimento, mas sim apenas e unicamente para que ele lance e não questione.
Todavia, felizmente para a sociedade, e infelizmente para esses profissionais, sejam prestadores ou contratantes de serviço, não haverá mais espaço no mercado, pois a exigência na qualidade e no conhecimento da informação são premissas de ganho e competitividade para as corporações.

1.4    “A “ERA DO CONHECIMENTO” É A QUE CONTROLA AS RELAÇÕES DE MERCADO!”

Enfim, estamos na última afirmação apresentada, a chamada era do conhecimento! Perfeito, mas o que é conhecimento?
Buscando o significado através do Dicionário da Língua Portuguesa , encontramos que,

co.nhe.ci.men.to
sm (conhecer+mento2) 1 Ato ou efeito de conhecer. 2 Faculdade de conhecer. 3 Idéia, noção; informação, notícia. 4 Consciência da própria existência. 5 Ligação entre pessoas que têm entre si algumas relações, menos estreitas que as de amizade. 6 Pessoa com quem se tem relações. 7 Dir Direito judicial de receber, apreciar e julgar uma causa resultante da competência. sm pl Saber, instrução, perícia; razoabilidade; circunspecção. C. de carga: o mesmo que conhecimento de embarque. C. de causa: perícia; experiência. C. de depósito: documento pelo qual se declara haver recebido para depósito, por determinado tempo, certa mercadoria, e que prova a existência dessa mercadoria; também chamado bilhete de depósito. C. de embarque: documento pelo qual se declara haver recebido para transporte até determinado lugar certa mercadoria, mediante o pagamento de frete; também chamado conhecimento de carga e conhecimento de transporte. C. de transporte: o mesmo que conhecimento de embarque.

Faço parte da SBGC (Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento) Núcleo Serra Gaúcha , que, apesar de convicta de que este conceito é muito incipiente para determiná-lo, posiciona-se, simplificadamente que conhecimento é aquilo que gera valor.
Ao unir os dois conceitos apresentados, poderia dizer que o conhecimento é tudo o que a pessoa tem ciência e que possa estar transformando este entendimento em algo útil para si e/ou para os outros. Um exemplo simplório: compro uma churrasqueira elétrica, porém eu desconheço qual a carne ideal para o churrasco, como deve ser temperada a mesma e nem imagino como que a churrasqueira funciona. O manual é escrito em uma língua que não conheço, ou seja, não adiantou nada ter gasto o dinheiro. Tenho ciência que o churrasco é bom, mas não sei como fazê-lo, então não é conhecimento.
Talvez, você ainda não esteja entendendo o motivo de todas essas explicações, mas é importante que seja bem fundamentado, mesmo com exemplos simples, para que construamos este entendimento.
Então vamos delimitar essas verdades que tem um pouco de senso comum e um pouco de análise científica e tentar compreender o que o mercado está exigindo. Saliento que vou limitar-me a analisar a exigência no mercado contábil, visto que minha formação acadêmica e profissional é voltada para esta área.

2    O PROFISSIONAL CONTÁBIL QUE O MERCADO EXIGE

Independente da atuação e da formação que um profissional contábil exerça, seja ele contador, perito, técnico, acadêmico, analista, empresário, entre outros, a exigência pela constante proatividade, qualificação, capacidade e atualização é a mesma. Não existe espaço para os que não se diferenciam através do conhecimento e das ações.

2.1 “ESTAMOS NO MOMENTO DO PLENO EMPREGO!”

No cenário contábil é totalmente verdadeira a afirmação de que estamos em pleno emprego. Para comprovarmos essa teoria é necessário apenas abrir o jornal nos seus classificados ou, para os que possuem acesso a empresas de recrutamento e seleção, conversar com os mesmos. Entretanto, temos que nos questionar do real motivo que essas vagas “apareceram”. Será que as pessoas que estavam atuando nesta área aposentaram-se? Com certeza não. Toda reação que o mercado tem é proveniente de alguma ação ocorrida antes dela. Newton estava certo não somente na física, mas em todo que gere o mundo.
Essa “abertura” em busca de profissionais contábeis tem vários nomes: IFRS – Normas Internacionais de Contabilidade; SPED Contábil; SPED Fiscal; SPED Social; EFD – PIS/COFINS; Conectividade Social; Controladoria; Visão Holística da empresa; Benefícios Fiscais e Abertura de Mercado Interno e Externo, MEs e EPPs, entre tantos outros acontecimentos que estão latentes em nosso meio.
As corporações querem um profissional que as atenda e que conheça sobre tudo sobre o que tratamos acima e domine. Lembra-se do exemplo da churrasqueira? Não há espaço para amadorismo nas empresas. Você deve ter todas as habilidades, saber comprar a churrasqueira, a carne, o tempero e também saber assar a carne. Caso tenha qualquer erro, o sabor não será o correto. Portanto, se não souber como faz, não tente dar um “jeitinho”, vá em busca de aprendizado ou estará fora do mercado de trabalho.

2.2    “NÃO EXISTE MAIS FIDELIDADE NAS RELAÇÕES DE TRABALHO”.

Não é porque você tem uma carteira atraente de clientes ou trabalha em uma multinacional, está “garantido e seguro”. Assim como os funcionários não possuem fidelidade com as empresas, as empresas não possuem com os funcionários. Vivemos em um mundo globalizado e precisamos nos “acordar” para isso.
Participei de palestras sobre empregabilidade no ano de 2011 em Caxias do Sul e em Porto Alegre. Nas duas, os executivos eram enfáticos, hoje a concorrência é mundial. Para escolher uma vaga, não se procura somente nos currículos entregue, mas sim em toda a rede. Caso não tenha ninguém daqui, procuramos de fora, mesmo que do outro país.
Neste contexto, as redes sociais tem feito um trabalho positivo, mas para os desavisados isso é negativo. É muito fácil descobrir sobre o perfil de determinada pessoa. Antes, contratava-se pelo que era dito na entrevista, agora também é pelo que não foi dito.
As grandes empresas e empresários buscam no Facebook, Orkut, LinkedIn, Google e outros canais, todas as informações possíveis sobre o candidato, seja este para um emprego fixo ou mesmo para uma prestação de serviço. Por este motivo, você não concorre apenas com candidatos ou empresas locais, mas sim do mundo todo. Caso uma empresa não encontre um funcionário ou um prestador de serviços externo que conheça de IFRS, com certeza ela vai contratar um profissional apto de outro município, unidade federativa e até de outro país.
Todavia, aqueles que estão preparados para este novo cenário, e que buscam a qualificação e educação continuadas, possuem uma grande oportunidade neste momento. Assim como destacado acima com nosso país, a área contábil está aquecida e muito fértil. Apenas é necessário ter as ferramentas certas para trabalhar com ela ou ao menos estar buscando informações de como talhar a mesma.

2.3    “NÃO HAVERÁ MAIS ESPAÇO PARA PROFISSIONAIS SEM QUALIFICAÇÃO”. 

Acredito que possamos mudar o verbo do título para o presente, isto é, não há mais espaço para profissionais sem qualificação.
Lembro aqui, que em uma palestra para alguns estudantes norte-americanos, ocorrida há alguns anos, Bill Gates, um dos criadores da Microsoft, deixa oito conselhos para os jovens. Entre todos destaco: “o mundo não está preocupado com sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele, antes de sentir-se bem com você mesmo”. Isso quer dizer que não importa a sua posição social e muito menos quantas indicações e recomendações você tenha. Seu conhecimento e atitudes é que vão determinar se você vai estar no mundo corporativo ou fora dele.
Sejamos críticos e realistas, é permitido que um profissional que atue na Contabilidade, ou seja, que permeia por tributação, economia, legislação, finanças, custos, esteja alienado às coisas que acontecem no mundo corporativo? É óbvio que não é necessário, e seria humanamente impossível, dominar todos os assuntos, mas o mínimo que se espera de um profissional qualificado é que ele saiba onde buscar essas informações diariamente e que esteja atento às mudanças. Para isso, existem muitas formas de auxílio, como por exemplo : IOB, Fiscosoft, Portal Contábeis, Receita Federal, Conselhos de Contabilidade e Entidades de Classe (Fenacon, Sescon).
Saliento que em nenhum momento defendo o generalismo, ou seja, não haver um conhecimento aprofundando em nenhum campo específico. Entretanto, o mercado exige que, no mínimo, o profissional transite tranquilamente em todas as áreas que abrangem sua atuação, bem como seu assessoramento eventual.

2.4    “A “ERA DO CONHECIMENTO” É A QUE CONTROLA AS RELAÇÕES DE MERCADO!”

Para aqueles que não gostam de ler, atualizar-se, buscar alternativas, serem resilientes, atrevo-me a aconselhar-vos, não busquem a área contábil como meio de realização!
Em fevereiro de 2011, publiquei um artigo chamado “Uma Nova Visão Contábil ”. Neste, mencionei que, até o dia 07 de fevereiro de 2011, a DIRF – Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – tinha sofrido de forma direta ou indireta: 32 (trinta e duas) Leis; 76 (setenta e seis) Instruções Normativas; 23 (vinte e três) Atos Declaratórios; 3 (três) Atos Interpretativos; 1(um) Parecer e 1(um) Regimento. Façamos uma analogia como esta para toda a legislação vigente que envolve a Contabilidade e imaginamos se é possível que um profissional atuante permita-se não conhecer.
Outro exemplo é a paradoxal IFRS. Refiro-me como paradoxal, pois, uns a amam e outros a odeiam em nosso meio. Os que a amam são os que vêem nela uma oportunidade única de conhecimento e transparência. Conforme mencionando no início deste artigo, o Brasil está entre os três melhores países para se investir. Contudo, muitos estrangeiros não conseguem entender nossas demonstrações e acabam optando por outros países. Entretanto, através da padronização contábil, ficará tudo mais transparente, visto que atenderá a especificações internacionais.
Todavia, há os profissionais que estão odiando essa nova norma, pois vai gerar o dobro de trabalho na apuração dos resultados. Isto porque dever-se-á fazer uma Contabilidade Fiscal, que atenda às instruções da Receita Federal e outra que atenda às instruções do Comitê de Pronunciamento Contábeis – CPC. Caso o profissional desconheça como fazer uma ou outra Contabilidade, terá problemas com o órgão desatendido.
Não há dúvida que o contador está tendo o seu devido reconhecimento e destaque, isto é, o mercado está reagindo de forma favorável para nossa profissão. Nesse cenário, a ação esperada de todos os “médicos das empresas” é a busca pelo conhecimento, ou como disse Bill Gates, o mundo espera que você faça alguma coisa por ele.  Ao restringirmos a palavra mundo e trocá-la por elementos de nossa profissão, poderíamos parafrasear Bill Gates dizendo: as empresas esperam que vocês façam algo de útil por elas, antes mesmo que elas te reconheçam.
Na era do conhecimento, o diferencial é gerar valor com aquilo que se tem ciência. Façamos de nossas ações um portfólio de realizações para o nosso meio. É um dever moral e ético que temos com a sociedade, a qual tanto investe e luta pela nossa posição e merecido reconhecimento.
Em desfecho a argumentação deste artigo, tentarei resumir o perfil que o mercado exige de um profissional contábil, no meu humilde entendimento e minha visão: O profissional contábil deve estar apto às mudanças repentinas da legislação e outros eventos que interfiram direta ou indiretamente na corporação. Também deve estar em constante aprendizagem, para ter conhecimento de como encontrar possíveis indicações de alterações na saúde das empresas e rapidamente fornecer a solução mais apropriada. Precisa comprometer-se em fornecer informações confiáveis, fidedignas e que sejam compreensíveis para toda a organização. Tal profissional necessita estar sempre a frente das decisões, deve transitar livremente por todas as áreas da entidade, mas jamais permitir-se ser um generalista. Além de tudo isso, por fim, deve transmitir a tranqüilidade necessária para todos aqueles que dependem do organismo vivo empresarial, de que este está e permanece sobre os cuidados de um verdadeiro, apto e qualificado, profissional contábil.

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